quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Crítica: Contos de fadas coreanos {Livro}

"A astúcia pode ser uma arma poderosa, mas a bondade é a chave para a verdadeira felicidade."

"O mundo espiritual é um espelho da nossa própria alma."

O Livro que vim trazer hoje aqui é "Contos de fadas coreanos... Duendes, fantasmas e outras criaturas mágicas" escrito por Im Bang publicado no ano de 2015, possui 528 páginas e foi publicado aqui pela Novo Século.

Nesta compilação criada por James S. Gale, um dos maiores estudiosos de literatura coreana clássica, trazemos alguns dos mais célebres contos de fadas coreanos para aqueles que desejam conhecer um pouco mais da literatura da antiga Coreia ou àqueles que desejam embarcar em uma viagem fantástica rumo a seres míticos e jornadas fabulosas.

Comprei "Contos de fadas japoneses" e "Contos de fadas coreanos" juntos, pois além de amar contos queria e sempre tive vontade de conhecer contos de outros lugares, pois até então víamos só contos dos Grimm e Celtas, e sempre quis ler de outras culturas, mas como não falo outra língua fiquei a espera de publicações brasileiras. Com o bum da cultura coreana as editoras estão trazendo mais coisas asiáticas para minha felicidade e enfim vou conseguir saber mais da cultura atras desses contos.

A única coisa que me de deixou triste nessa compra é que comprei ambos com as capas novas que estão muito mais bonitas que as antigas, e esse livro veio com a velha o que me chateou muito, poderia reclamar e pedir a capa que eu escolhi, mas ia demorar muito por causa das enchentes aqui no sul então fiquei com essa capa mesmo porque o que importa é o conteúdo, mas não posso dizer isso não me chateou.

O livro começa com prefacio, nota biográficas, nota de edição que introduzem os contos ao leitor de forma a explicar como foi feita a tradução como também ao final encontramos o sumario contos os contos. Contudo preciso ressaltar aqui que uma coisa que faltou nessa edição é um glossário no final, pois é interessante para quem não conhece saber o que significa certas palavras como: Gwishin, Dokkebi, Gumiho entre outros.

Enfim "Contos de fadas coreanos" possui 53 contos e todos eles são abertos por uma observação, uma nota introdutória a respeito do conto que vamos ler o que acaba por suprir algumas dúvidas a respeito de algo no texto que o leitor possa ter.

Não falarei de cada conto separado, pois são muitos, mas farei um resumo do que eu achei deles, qual foi o que eu mais gostei e já digo que gostei da narrativa e a forma como o conto foi apresentado na diagramação, além de ter gostado muito das notas introdutórias deixada pelo autor antes do conto.

"Os duendes são travessos, mas também podem ser protetores se tratados com respeito."

"Os fantasmas são almas que não encontraram paz, e cabe aos vivos ajudá-las a encontrar o descanso."

Têm contos que são bem curtos e outros um pouco maior, mas também encontramos contos com duas versões com mais, alguns poucos têm notas após o conto explicando sobre como a história foi encontrada ou o pouco que sabe-se dele, também têm alguns notas antes de iniciarmos conto falando de diferenças como exemplo sobre: Alguns temas que os contos abordam é a dualidade entre o bem e o mal, a importância da família e da comunidade que é um dos pontos que me fazem lembrar de muitas outras histórias de reality show e doramas onde vemos esses relacionamentos de família e de comunidade sendo abordados. Para além disso ainda temos a busca por conhecimento e iluminação, a relação entre os vivos e os mortos e a influência que a natureza têm na vida humana.

Em resumo pensei que encontraria mais um livro de contos com o cerne do fantástico onde eu ficaria sabendo mais a respeito da lenda da raposa, das criaturas lendárias e dos seres mitológicos, mas o que aconteceu é que os contos são relatos de histórias contadas no que me parece "boca a boca" ou registradas em livros, pergaminhos e que contavam a vida e costumes da época lá de vez em quando aparece algo sobrenatural, mas muito parece se dar a falta de conhecimento das coisas, onde para que não sabe nada a respeito acaba acreditando no fantástico, que aparece muito suavemente nos contos.

O que me irritou um pouco na leitura é que a muitas palavras do século XXI nos contos. Uma dessas é chamar Joseon de Seul sendo que capital da Coreia do Sul existe desde 1948 e os contos remetem ao passado. Essa parte história me irritou, pois já estava chateada de não encontrar o tipo de "contos de fadas" que queria que é a parte mais Folclore, Mitos, Fábulas, Lendas, Tradição e como já cometei aqui me parece muito mais registro do dia a dia de acontecimentos com pequenos momentos de "fantástico".

Se você gosta de contos, quer conhecer mais da cultura do pais por meio desses conto leia e mate sua curiosidade a respeito de "Contos de fadas coreanos".

"O amor verdadeiro é capaz de transcender as barreiras entre os mundos."

"A fé e a perseverança são armas poderosas contra o medo e a adversidade."

Selo de Leitura:

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Crítica: Kabuki {Quadrinho}

"Viver e ser o seu melhor "eu' é a resposta que dará para todos que te odeiam. Você ensinara o amor. Porque você é amor."

O mangá que vim trazer hoje aqui é "Kabuki: Primavera, Outono, Inverno, Verão" escrito por Guilherme Petreca e Tiago Minamisawa publicado no ano de 2025, possui 156 páginas e foi publicado aqui pela Pipoca & Nanquim.

A história de Kabuki se divide em quatro atos, representados pelas quatro estações. De um lado, a ânsia por se tornar aquilo que sempre foi, de outro, o medo imposto pelo peso da tradição e das incertezas, gerando a necessidade de se esconder atrás de tantas máscaras.

Para além da história o quadrinho trás uma galeria de extras com textos complementares de Jaqueline Ramirez e Jérôme Collet, que aprofundam os principais temas apresentados no quadrinho.

Têm alguns títulos que gostaria de ter da Pipoca & Nanquim, mas acho tão caro os mangás e quadrinhos da editora. Este mesmo na promoção eu achei caro, mas resolvi comprar, pois gostei do título e da capa e sim esses foram os motivos principais de ter comprado "Kabuki". Esse é o primeiro material que compro da editora e por um bom tempo vai continuar sendo somente ele.

Sobre o material do quadrinho ele é muito bom a capa têm uma textura muito gostosinha de tocar, a capa é dura, as folhas são pólen e o quadrinho é todo colorido. "Kabuki" É volume único, então se você procura algo rápido de ler essa e uma opção.


A história é dividida em quatro atos, estes representando cada uma das estação do ano Primavera, Outono, Inverno e Verão. A protagonista da história se chama "Kabuki" nome do título do quadrinho e aqui acompanhamos a jornada de uma pessoa trans que luta para ser o que não é para assim alcançar as expectativas impostas pela sociedade.

Para contar as fases da vida, como para a libertação do julgo dos outros os autores usam a arte tradicional do teatro japonês o "Kabuki" para usar como metáfora, já que esta arte usa várias mascaras para representar várias personalidades. O uso dessa arte deixa a história por um lado mais leve, mas que contém uma sensibilidade muito forte.

Por fim para além de trabalhar nessa história a coragem a vivência trans, você pode usar algumas reflexões para além, para todos aqueles que são rejeitados, excluídos da sociedade do que eles acham bom, certo.

Kabubi te faz pensar sobre você, sobre pertencimento, aceitação, mas principalmente para olhar para si e se aceitar como você é, como sempre foi.

"Odeio a forma como ando ridiculamente pelo espaço. Odeio me olhar e não reconhecer a imagem que vejo. Odeio que me olhem e me digam o que eu sou. Odeio ter nascido um grande erro. Eu sou o silêncio do universo".

CURIOSIDADES:
Depois da aclamada parceria em Shamisen: Canções do Mundo Flutuante, indicada ao Prêmio Jabuti e laureada no CCXP Awards, o quadrinista Guilherme Petreca (Ogiva) e o diretor e roteirista de animação Tiago Minamisawa voltam a explorar elementos folclóricos da cultura japonesa. Desta vez, os dois evocam as artes cênicas tradicionais japonesas marcadas pela dança, pelo canto, pelas máscaras e bonecos.

Embasada em uma pesquisa rigorosa e desenvolvida em paralelo com um curta-metragem homônimo dirigido por Minamisawa.

Selo de Leitura:

sábado, 29 de novembro de 2025

Crítica: Skip & Loafer Vol.5 {Mangá}

"Essa fase de incertezas, sem sabe se um gosta do outro e com o coração batendo a mil... é uma das partes mais legais do jogo do amor..."

O mangá que vim trazer hoje aqui é "Skip & Loafer Vol.5" escrito por Misaki Takamatsu publicado no ano de 2025, possui 184 páginas e foi publicado aqui pela JBC.

O mangá Skip and Loafer ainda está em andamento no Japão e já possui 12 volumes no total, enquanto no Brasil, a obra publicada pela editora JBC já conta com 6 volumes lançados e também segue em publicação, com o lançamento do volume 7 previsto para o final de 2025 ou início de 2026.

Os relacionamentos são o foco de crescimento e desenvolvimento deste quinto volume onde acompanhamos nossos protagonistas e outros personagens amadurecendo mais ainda e também conhecendo novos sentimentos.

Esse quarto volume é composto de 6 capítulos sendo eles: Cap: 24 Puberdade aflitiva, Cap 25: Primeiro amor(?) avassalador, Cap 26: Garota lamuriosa - Parte 1,Cap 27: Garota lamuriosa - Parte 2, Cap: 28: Natal feliz, Cap 29: Ano novo tranquilo.


Estava me segurando para ler esse volume a espera de comprar o sexto e lê-lo junto, mas não me aguentei e tive que pegar ele para ler.

Com essa capa pensei que teriam mais momentos natalisticos, com eles passeando por lugares decorados e fazendo mais coisas no natal como vejo em doramas, mas não foi assim tive uma ideia errada com a capa, mas isso não tornou a história ruim, pelo contrario como nos outros quatro mangás anteriores esse continua a evolução dos personagens e continua nos encantando e nos deixando cada vez mais e mais apaixonado pela história.

Temos um pouquinho do natal é claro, mas o foco aqui estão nos relacionamentos e no amadurecimento e reconhecimento de novos sentimentos de Kurume e Mitsumi.

É tão gostosinho ver a evolução dos personagens, ver as mudança na vida de cada um deles vai tendo, como eles vão evoluindo e aprendendo sobre si, sobre o outro e entendendo seus sentimentos, mas para além deles o que mexeu comigo foi conhecer um pouco do passado da tia de Iwakura.

"Mesmo se eu continuar sendo uma perdedora sem namorado até o final do ensino médio... sei que você vai continuar ao meu lado, me animando até nos piores dias."

Vou me repetir e como falei na minha outra opinião: "Skip & Loafer" é bom demais e se você ainda não conhece corra e comece a ler o mangá, pois tenho certeza que vai amar, depois que ler o primeiro vai quero o segundo e por ai diante, pois não têm como não ficar viciado nessa história e mas impossível ainda não criar carinho pelos personagens.

Não vejo a hora de ter o sexto volume em mãos, quero muito terminar de conhecer a história de Skip & Loafer nos mangás (o que vai demorar até ser todo publicado aqui), para então depois assistir ao anime.

 CURIOSIDADE:

✔Skip & Loafer é um mangá escrito e ilustrado por Misaki Takamatsu que é lançado na revista mensal Afternoon, da Editora Kodansha desde agosto de 2018.
Em 2023, a história ganhou adaptação para anime pela P.A. Works. No mesmo ano, ganhou o 47º Kodansha Manga Award na categoria geral.
✔Skip and Loafer para quem têm curiosidade e ainda fica perdido nos gêneros de mangá é Shoujo (que eu já expliquei aqui).
✔Para quem além de ler que assistir Skip and Loafer, encontrei ele lá no Crunchyroll.

Selo de Leitura:

 

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Crítica: O Jardim das Palavras {Mangá}

"Eu não sabia que tinha sentimentos assim dentro de mim... até conhecer aquela pessoa"

O mangá que vim trazer hoje aqui é "O Jardim das Palavras" escrito por Makoto Shinkai publicado no ano de 2016, possui 200 páginas e foi publicado aqui pela NewPop.

Takao Akizuki é um colegial que sonha em ser sapateiro e numa manhã chuvosa, em uma de suas escapadas para desenhar, conhece Yukari Yukino e uma conexão especial nasce.

Sempre que via esse mangá na minha lista de desejados com outros ficava pensando é hoje que vou pegar e por assim foi até enfim conseguir ele. Esse era o ultimo mangá do autor que eu não tinha ainda, pois comprei todos as histórias do autor lançado aqui no Brasil. Aos poucos vou lendo todos e postando aqui.

O mangá é volume único e não têm índice, mas possui sete capítulos: Cap 1:No trovoar, Cap 2:Período chuvoso, Cap 3:Sole chuva, Cap 4:A lua que se vai para o oeste, Cap 5:Mesmo sem chuva, Cap 6:A pessoa refletida e Cap 7:Caminho iluminado.


Minha opinião vai ter dois pontos esse primeiro e depois um que vai acabar contendo spoiler, mas que precisa ter para que possa discutir sobre o que eu achei da história.

Aqui conhecemos Takao um aluno do ensino médio que sonha em ser sapateiro, em criar sapatos de todos os tipos. Também conhecemos Yukari uma mulher misteriosa que vamos conhecer aos poucos com o decorrer da história e conforme ela e Takao vão se encontrando no jardim onde eles acabam um ajudando o outro e criando uma conexão especial.

Os sonhos de Takao e a paixão dele pela sapataria é encantador, a forma forma como ele encontra Yukari e a forma como eles se conectam é fofo e romântico ao mesmo que da um quentinho no coração. Depois de um tempo vamos conhecendo mais Yukari e sobre como para ela é dificil se conectar com outro, pois acha que pode estar sendo interpretada de forma errada, e acaba por tornando a vida cinza até que as cores e o gosto pela vida volta ao conhecer Takao.

NESSA PARTE MEUS COMENTÁRIOS PODEM ACABAR CONTENDO SPOILER, MAS PRECISO COMENTAR SOBRE ISSO!!

A sinopse deixa pensar que vamos conhecer a história de um casal, alguém que vai se conhecer na chuva, da a entender em relacionamento amoroso, contudo quando você começa a história você pensa isso até de inicio contudo com o passar da história e conhecendo mais cada um acontece que parece algo errado, pra mim ficou parecendo que não estava certo.

Achei fofo e romântico mas extremamente problemático se a história no final levou a um romance romântico com os personagens principais, e o final depois da história com aqueles extras a imagem de Takao e Yukari é muito problemático, espero que eu tenha entendido errado caso contrario não acho certo, acho muito errado, romantizar a pedofilia, hummmmm me deixou com uma péssima sensação.

A história não é ruim se for pensada em alguém que esta se curando de um "bullying" com um assunto serio que te deixa doente por algo que não fez, se for sobre se curar, mas se for interpretada como eu acabei interpretando não funciona, não é certo e não dá pra engolir. O bom de tudo é que no final Takao e Yukari não ficam juntos, mesmo deixando em aberto que eles “esperam um pelo outro” no futuro.

A questão não é ela ser mais velha que ele e sim ele ser menor de idade e pior ainda como comentei no final nos extras om desenho dela com 20 anos e ele com 8 PQP é muito nojento, muito errado, não dá.

Se você gostou de "Your name" conheça as outras histórias do Makoto Shinkai, pois tenho certeza que vai gostar ou pelo menos te intrigar como essa me deixou entre gostei e hummm será ??.

"Em Japonês, chama-se 'sobae' a chuva isolada no meio do dia ensolarado, ou 'watakushi-ame' a chuva localizada. A chuva que cai sem nuvens acaba se relacionando a lágrimas. "

P.s: Baseado no filme de Makoto Shinkai de 2013 “O Jardim das Palavras” é uma história tocante entre um casal unido pela chuva.
Selo de Leitura:

domingo, 23 de novembro de 2025

Crítica: Bartleby, o escrivão {Livro}

"Prefiro não..."

O Livro que vim trazer hoje aqui é "Bartleby, o escrivão" escrito por Herman Melville publicado no ano de 2023, possui 256 páginas e foi publicado aqui pela Antofágica.

A história é narrada por um advogado que tem um escritório em Wall Street. Ele contrata um novo escrivão, Bartleby, para copiar documentos. No começo, Bartleby trabalha muito bem, mas logo começa a se recusar a fazer qualquer outra tarefa, respondendo sempre com a frase: “Prefiro não fazê-lo.”

“Às vezes me pareceu que a solidão de Bartleby era imensa, como se tivesse sido despejado no mundo por um erro.”

O livro trás um conto onde depois de ler e refletir sobre a história encontramos os temas como: solidão, alienação no trabalho e a dificuldade de se conectar com o outro.

Esse final, e esses pontos em que encontramos no conto nos faz pensar em como agimos, em como rejeitamos as coisas em nossa vida, pois é mais fácil dizer não, mas nos deixa pensar em como precisamos ficar mais atentos, mais críticos e principalmente mesmo não sendo fácil para muitos a importância de se conectar com outras pessoas.

Outro ponto que fiquei a pensar é sobre a depressão, pois de certa forma as atitudes de Bartleby lembra muito de alguém com depressão ou outra doença psicológica.

Li o livro em áudio book, mas ao pesquisa-lo a amazon encontrei lá fotos com o interior do livro e que diagramação fantástica e como eu me atraio por coisas diferentes essa diagramação ganhou meu coração achei ela encantadora e imagino que a leitura no físico com essa diagramação deva trazer outro tipo de sensação.

Ao terminar o livro "Prefiro não" é uma frase que fica em mente repetindo e repetindo e te deixando pensado sobre como tudo aconteceu, como foi o fim, além de pensar em o que poderia ter sido feito para ajudar Bartleby, mas também nos deixa pensando sobre como ajudar alguém que esta passando por esse momento e até mesmo tentando abrir a mente para quem esta passando por esses momentos e quer pedir ajudar e não sabe como.

Para quem gosta desse tipo de livro, para quem trabalha ou estuda psicologia e para quem quer discutir sobre a temática esse livro vai ser ótimo e com certeza vai render muitas pautas para trabalhar com ele.

“Eu preferia deixar Bartleby quieto, pois havia algo em sua recusa que paralisava qualquer resistência.”

CURIOSIDADE:A expressão "Bartleby" ou "Síndrome de Bartleby" passou a descrever uma atitude de recusa passiva, desinteresse pela vida, ou um niilismo radical e inerte, especialmente em relação ao trabalho e à conformidade social.

O significado de "Bartleby": Recusa passiva, Desinteresse e melancolia, Revolta contra o sistema e Niilismo.

Selo de Leitura:

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Crítica: O Horizonte além da Fábrica {Mangá}

"O que será que ela está fazendo agora, debaixo desse céu imenso".

O mangá que vim trazer hoje aqui é "O Horizonte além da Fábrica" escrito por Rie Aruga publicado no ano de 20245, possui 168 páginas e foi publicado aqui pela New Pop.

"O Horizonte Além da Fábrica" foi publicado originalmente no Japão em 2022 na revista Morning. Ele é um mangá de volume único, escrito e ilustrado por Rie Aruga autora de Perfect World, ambos publicados aqui pela Editora New Pop.

O mangá é volume único e possui 4 capítulos: Cap 01-Juntos, os dois; Cap 02-Por quê?; Cap 03-Assim como sempre foi; Cap 04-Adeus; Cap 05 Conexão; Cap 06-Felicidade; Cap final-Desse jeito.

Ao e Takaomi são amigos de infância que moram em uma área industrial, eles se gostam, mas nunca confessaram esse amor. Um dia eles combinam de ver a vista noturna da fábrica, e o que deveria ser o momento de um relacionamento da descoberta do amor, um certo caso ocorre, o que acaba afastando os dois.


Para quem têm dúvida em se pode dar ou não para seu filho ler, o mangá vai trazer a história de um abuso sexual (estupro).

Na capa de trás a editora colocou um selo de +16 para esse mangás, mas pra mim tendo um adulto para explicar depois da leitura para alguém mais jovem o teor da história é muito importante, pois acredito que quando mais nossas crianças e jovens forem avisados sobre assuntos "sensíveis', mas atentos para sinais ao seu redor eles vão ficar.

Assim que o mangá chegou, já peguei-o para ler, pois estava bem curiosa em saber o que eu ia achar da história. Amei demais, super recomendo, a história é boa demais! Único problema pra mim foi que o corte de algumas folhas não foi feito direito e vieram várias páginas grudadas o que deixou o corte lateral deformadinho.

"Naquele verão dos nossos 17 anos, o meu mundo e o dela caíram".

Ao e Takaomi moram numa região industrial, perto de fábricas, o que influência bastante o cenário e a atmosfera da história. Outro ponto é que está região é igual uma cidadezinha pequena onde todo mundo conhece todo mundo, tudo o que acontece os vizinhos logo ficam sabendo. E com isso é difícil esconder o que acontece na sua vida, pois uma hora ou outra todos vão saber.

Com isso após a mãe de Takaomi sobre abuso sexual pelo pai de Ao e todos ficarem sabendo do ocorrido, as consequências da atitude podre do pai de Ao desencadeia inúmeras situações das quais os dois não podem escapar e a amizade e amor que poderia acontecer entre eles acabam se tornando um problema.

O mangá explora os sentimentos de Ao e Takaomi, onde acompanhamos as consequências do ato do pai de Ao na vida dos dois que acabam sofrendo junto com suas família e sofrendo fora de casa onde a sociedade aponta dedo e culpa-os por tudo o que eles fazem.

As dificuldades da vida cotidiana em meio a desigualdades, expectativas, e a pressão do que aconteceu e não é culpa deles. A mudança de vida, as escolhas e as tentativas de superar os traumas e a luta de cuidar da família mesmo no meio desse turbilhão.

Se não conhecem e ficaram curiosos leiam, pois não vão se arrepender!!

"Eu consegui respirar nesta cidade graças à sua gentileza. E mesmo assim, me perdoa por só conseguir te pedir desculpas até o fim."

Selo de Leitura:

 

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Crítica: O Nariz {Livro}

"Como o nariz podia andar sozinho? E, no entanto, ele o viu — o nariz, vestido de uniforme, entrando na catedral."

O Livro que vim trazer hoje aqui é "O Nariz " escrito por Nikolai Gógol publicado no ano de 2021, possui 160 páginas e foi publicado aqui pela Antofágica.

Um barbeiro encontra um nariz dentro do pão que ele está cortando. Esse nariz, na verdade, pertence a um funcionário chamado major Kovaliov. O problema é que o nariz desapareceu do rosto dele sem explicação! E pior: o nariz ganhou vida própria, anda sozinho pela cidade e até se veste como um oficial importante.

"Sem nariz, um homem não é respeitado. Ele não pode se apresentar em lugar algum. O nariz é quase mais importante que os olhos."

Não iria pegar mais nenhum escritor Russo, pois apensar de não ter odiado os livros anteriores entendi que pra mim não era uma leitura do momento, quem saiba no futuro, contudo fiquei curiosa por esse pequeno livro e acabei escutando eles enquanto estava a fazer outras atividades e apesar de continuar com aquele sentimento de não é leitura pra mim no momento acabei gostando muito da história, pois ela me fez rir em alguns momentos.

No inicio você fica pensando na criatividade do autor ao usar uma parte do corpo para criar uma história que no começo é estranha e engraçada, maluca, mas ao mesmo tempo que é uma história doida e criativa ao mesmo tempo.

"Como poderei aparecer em sociedade agora? Que moça há de se interessar por mim? O nariz sempre foi minha parte mais notável!"

Por fim parando para pensar sobre a história e abandonado a maluquice do nariz ter vida própria você percebe que Gógol usa essa situação absurda para criticar a sociedade russa da época, que se importava demais com aparência, status e títulos.

O nariz é uma leitura divertida que acabou por me surpreender muito. Fora a história as notas sobre o texto são ótimas e auxiliam muito no decorrer da história. Então se você como eu não é muito da literatura Russa, ou que no momento ela não é o tipo de livro que vai funcionar com você, conheça  "O Nariz", pois vai gostar e se divertir com essa história.

"É espantoso como certas coisas acontecem no mundo: às vezes, um nariz desaparece de um homem, e, outras vezes, ele aparece como se nunca tivesse desaparecido."

Selo de Leitura:
Importante!! Pessoal, caso encontrem links com defeitos, avisem por comentário ou pelo e-mail: angelicapinheiropereira@gmail.com, para que possamos arruma-los.