quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Parceria Atual do Blog

Não sei como vai ser em 2026 e se vou conseguir passar em alguma seleção, por isso até o momento o "Lendo com a Angel" NÃO TÊM PARCERIAS.

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Crítica: A Hipótese do Amor{Livro}

“Ela o amava ainda mais por isso. Por olhar para ela como se ela fosse o começo e o fim de cada pensamento dele.”

O Livro que vim trazer hoje aqui é "A Hipótese do Amor " escrito por Ali Hazelwood publicado no ano de 2022, possui 336 páginas e foi publicado aqui pela Arqueiro.

Gostaria de ter comprado a edição de capa dura, mas aproveitei a promoção e acabei comprando a capa comum e apesar de quer uma edição mais luxuosa esse livro foi muito gostosinho de ler, pois o manuseio dele foi maravilhoso o livro não é duro a abertura dele é muito boa deixando leve e não forçando o pulso para segura-lo para ler. Precisava comentar isso, pois amo livros levinhos para ler.

Outro ponto que quero comentar é que estava receosa para a leitura, pois como houve e ainda há um hype muito grande e nos livros da autora eu fiquei meio que com o pé atrás, contudo assim que li a resenhas de amigas que sigo e confio na opinião esse ponto amenizou, mas o que me fez querer ler mesmo foi o fato de que foi anunciado que o livro seria adaptado e queria ler antes de assistir a adaptação, pois não são todas as adaptações que assisto e quero ler e pensei que isso poderia acontecer aqui.

MAS VAMOS A HISTÓRIA...

A história gira em torno da Olive Smith, uma doutoranda cheia de inseguranças, bolsos vazios e uma vontade imensa de provar para si mesma que merece estar onde está. Para além dos seus desejos acadêmicos ela acaba se metendo em uma bagunça digna de uma comédia mexicana com Adam Carlsen, famoso professor, PHD odiado por todos.

“Estou começando a me perguntar se isso é o que é estar apaixonado. Se rasgar em pedaços, para que a outra pessoa possa ficar inteira."

Sobre os personagens, bom é impossível você não acabar gostando deles (com exceção de um que me deu asco). Olive é aquela personagem que você quer abraçar, sentar com ela num café e dizer: “amiga, você é brilhante, só acredita um pouquinho mais em você”. Adam Carlsen, o terror acadêmico, o cara que reprova alunos como quem troca de jaleco, o homem alto, mal-humorado e misterioso que parece ter saído de um catálogo de “homens ranzinzas que vamos amar sem querer”. Os amigos de ambos personagens principais são legais e divertidos e você acaba gostando deles também, com exceção de um.

Outro ponto maravilhoso é o cenário acadêmico. Hazelwood, como boa mulher da área científica, coloca Olive e Adam naquele ambiente cheio de pressão, projetos, congressos e laboratórios que mais parecem personagens extras da história. E ainda aborda aquela velha conhecida de muitas mulheres: o machismo velado (e às vezes não tão velado) no meio científico.

Mais pontos a comentar é o humor do livro e  as situações absurdas em que Olive se mete tentando sustentar a própria mentira. O “falso namoro” deles começa desajeitado, fofo, tímido… e vai crescendo de um jeito tão natural que a gente percebe antes dos personagens que já tem sentimento ali. A química entre eles de forma tão orgânica que você não precisa de grandes declarações para sentir o carinho, o respeito e o afeto brotando página após página.

E por último vamos ao famigerado "hot" que o povo vive comentando. Bom, pra mim foi só um momento em que os desejos físicos acabam tendo um desfecho como acontece com qualquer um que tenha se apaixonado, se atraído, ou apenas está a fim de sexo. Não achei nada demais e nem achei uau omg, meu deus, é apenas algo que acontece, normal. E pra quem não gosta de romances com cena de sexo não se preocupe é apenas uma cena e não o livro todo como acontece com muitos romances que eram para ser mais romances e são mais hot.

É slow burn? É. Faz a gente sofrer um pouquinho? Faz. Mas é gostoso demais. E têm mais se você gosta de um bom romance fake dating, um livro leve, divertido e com uma ótima química com o casal leia. Se você como eu ficava meio desconfiada ou com medo do hype grande que há nos romances da autora, arrisque e leia, pois acredito que vá curtir esse romance.

Por fim confesso que quero ler mais livros da autora, pois gosto desses livros rapidinhos que divertem, é claro que o mais desejado entre eles no momento é "Parceira", pois têm lobo e eu amei "Noiva".

“Eu sei que é assustador ser vulnerável, mas você pode se permitir se importar. Você pode querer estar com as pessoas como mais do que apenas amigos ou conhecidos casuais.”

Selo de Leitura:

sábado, 13 de dezembro de 2025

Crítica: Qual Seu Número?{Livro}

"Comecei a ficar um pouco constrangida com o meu número. Então decidi que vinte seria o meu limite. Não mais. Nunca mais."

O Livro que vim trazer hoje aqui é "Qual Seu Número? - Ela está atrás do ex de sua vida." escrito por Karyn Bosnak publicado no ano de 2011, possui 421 páginas e foi publicado aqui pela Novo Conceito.

Antes de falar do que eu achei do livro, queria comentar que não gosto de capas de livros com capa do filme ou série e este é um de que não acho feio, mas não acho bonito também.

Uma das coisas que eu amo muito nos livros da Novo Conceito é a diagramação o capricho das suas edições como é o caso deste livro onde a fonte é diferenciada, e a abertura dos capítulos são diferenciadas o que deixa a leitura mais divertida. É uma pena não ter mais a editora no mercado amava tanto ela e os títulos que ela trazia.

Assisti esse filme quando ele saiu no cinema e não tinha ideia que ele era baseado em um livro. Assim que a editora anunciou ele fiquei curiosa para saber como seria a história no livro então em o adquiri no ano que ele foi lançado '2011' e no fim ele ficou ali na estante esperando para ser lido e acabou que o esqueci, mas agora com esse desafio de leituras que criei resolvi pega-lo para ler.

"Todo mundo tem um número. Na verdade, todos temos alguns números: o que contamos aos amigos, o que contamos ao parceiro... e o que contamos a nós mesmos"

Mas enfim qual é a história do livro??
Delilah Darling tem quase 30 anos e já se relacionou com 19 rapazes, mas tudo muda quando ela lê uma matéria no jornal em que a média de homens para uma mulher de 30 anos é de 10,5 e se o número acima dessa média, seria impossível achar a pessoa certa, com isso ela fica desesperada e assustada por estar muito acima dela. Com isso ela sai à procura de seus antigos namorados e tenta reconquistá-los, agora será que um deles estará disposto a esquecer o passado e começar uma linda história de amor?

O livro é narrado em 1ª pessoa, sendo ela deliciosa, gostosinha demais de ler, posso dizer que ela é até hilária já que acabamos rindo em vários momentos da história. A autora consegue nos contar um romance com uma problemática, (eu enxerguei assim o fato de estar falando de uma mulher aos 30 anos que não casou e não ter filho) de uma forma que nos diverte e também nos cativa.

"Às vezes, a gente precisa olhar para trás para perceber que o que sempre procurou estava bem na nossa frente."

Além dos seus problemas românticos, Delilah  acabou de ser demitida da empresa em que trabalhava. Para piorar tudo, quando acabou se embriagando em uma festa acabou dormindo com seu ex-chefe mala e sua irmã caçula, Daisy, está noiva e de casamento marcado.

Como não bastasse ainda têm que escutar Kitty, e suas amigas chatas e fofoqueiras, passem a questionar sua vida pelo fato dela estar ‘velha’ não ter se casado, não ter tido filhos ainda.

Isso tudo deixa Delilah mais desesperada para encontrar o homem que vai completá-la, que vai ser o que ela quer, mas até lá nossa protagonista vai passar por poucas e boas. Nesta louca procura de encontrar o cara certo, o cara que vai ser seu número, ela acaba recebendo a ajuda do seu lindo vizinho irlandês Colin e de uma yorkshire cativante chamada Eva.

"Não é sobre o número, é sobre o que cada pessoa representa na sua história."

O livro Qual é o Seu Número? apresenta, sob o tom leve de uma comédia romântica, uma reflexão interessante sobre os padrões sociais que ainda moldam e limitam a vida das mulheres.

Enfim, preciso comentar que esse livro me fez pensar no quanto nós, mulheres, escutamos sobre o tempo passar, sobre não ter mais tempo, sobre estar “fora da validade”. Digo isso por experiência própria, pois por não ser casada e não ter filhos, acabo sendo julgada por isso. É impossível não ouvir, de vez em quando, algum comentário idiota por não seguir o padrão do que “deveria ser o certo”. Nesse sentido, Qual é o Seu Número? vai além do humor e das situações embaraçosas ele toca, ainda que de forma sutil, na angústia real de quem vive sob o olhar constante das expectativas alheias.

Karyn Bosnak, com sua escrita leve e provocadora, usa o riso como instrumento de crítica. Delilah, ao revisitar seus antigos relacionamentos, revisita também as ideias impostas sobre amor, sucesso e feminilidade. O livro nos faz rir, mas também pensar: quantas vezes adaptamos nossos desejos apenas para caber em uma narrativa que não é nossa? No fim, o verdadeiro “número” de Delilah não está em quantos homens ela teve, mas em quantas vezes precisou se reencontrar em meio ao julgamento dos outros.

CURIOSIDADE:
➺A adaptação saiu em 2011, dirigido por Mark Mylod com Anna Faris, Chris Evans.
➺Você pode assistir ao filme "Qual Seu Número?" na Netflix, Prime Video ou Globoplay.

Selo de Leitura:

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Crítica: Caverna do Dragão – Dungeons & Dragons - Aventuras de Sábado pela Manhã {Quadrinho}

"Honestamente, talvez esteja na hora de tirar o melhor proveito de estarmos nos reinos esquecidos. O que não é tão ruim assim".

O quadrinho que vim trazer hoje aqui é "Caverna do Dragão – Dungeons & Dragons - Aventuras de Sábado pela Manhã" escrito por David M Booher, Sam Maggs e George Kambadais publicado no ano de 2023, possui 96 páginas e foi publicado aqui pela Excelsior.

Como começar a falar sobre o que eu achei do quadrinho a não ser... NOSTALGIA!!

Assistia muito Caverna do Dragão quando criança e acredito que como eu há muito fã dessa série de desenho que marcou a infância de muitos como fez comigo. Por amar esse desenho e por querer encontrar histórias para fazer minha sobrinha se interessar pela leitura que comprei esse quadrinho.

Lembro que desde o primeiro episódio, a série ela conseguiu me prender e chamar minha atenção com aquele clima de aventura e mistério: seis jovens transportados para um mundo mágico, cada um com sua personalidade única, tentando achar o caminho de volta para casa. E não foi diferente com o quadrinho que mesmo sabendo da história foi impossível não gostar da história.

Ao voltar para esse mundo lembrei de quando criança quando assistia as histórias de "Caverna do Dragão" e como me identificava com eles, seja com a coragem impulsiva de Hank, a inteligência protetora de Sheila ou até com o medo de Eric e todos têm seus momentos de brilho.

"O que o mestre dos magos quis dizer é que todos vocês acham que eu estou obcecado em voltar para casa. Talvez eu esteja, mas não é porque sinto falta de pizza, banhos de chuveiro e .... basicamente tudo."

Visualmente, a ilustrações tem aquele charme retrô dos anos 80, com cores vibrantes e criaturas que pareciam sair direto de um livro de fantasia. A tensão e a emoção da aventura foi divertido demais e mesmo sendo uma leitura que se encaixa com o público "Infantil/Juvenil", a história consegue tocar em temas profundos, de uma forma leve e envolvente.

No fim, o que ficou comigo foi a nostalgia misturada com a sensação de ter vivido uma aventura mágica. É impossível não torcer pelos personagens e não se perder naquele mundo de magias e perigos. Mesmo depois de tanto tempo, Caverna do Dragão continua sendo uma experiência emocionante e inesquecível.

Uma curiosidade da minha parte, na verdade uma pergunta?? "Caverna do Dragão – Dungeons & Dragons - Aventuras de Sábado pela Manhã" têm continuação? a lombada traz a numeração '1' o que me deixou intrigada, mas não encontrei mais nada a respeito.

Se tiver mais volumes vou querer adquiri-los, pois foi ótimo e muito gostosinho revisitar esse mundo agora de uma forma diferente pela leitura do quadrinho que me conquistou do começo ao fim.

Se você como eu amava o desenho e quer um pouquinho de nostalgia, leia "Caverna do Dragão – Dungeons & Dragons - Aventuras de Sábado pela Manhã".

"Eu não tenho certeza, num dia sou uma garota que mora aqui em acordo neste monastério antigo. Já tinha passado por ele uma centena de vezes, mas nunca o tinha notado antes."

Selo de Leitura:

domingo, 7 de dezembro de 2025

Crítica: A Garota do Penhasco {Livro}

"Mãe eu estou ajudando a divertir uma garotinha solitária, não estou me mudando para lá! Qual é o problema? – Sim – sussurrou para si mesma –, e você é uma mãe sem filha.” 

O Livro que vim trazer hoje aqui é "A Garota do Penhasco" que é escrito pelo autora Lucinda Riley publicado no ano de 2013, possui 523 páginas e foi publicado aqui pela Editora Novo Conceito.

Minha edição é a da Editora Novo Conceito e acho linda a capa, hoje é a Editora Arqueiro a responsável pela publicações da autora e têm trazido esses livros que eram publicados pela novo conceito agora com novas lindas novas capas.

Se não estiver errada esse é o quarto e último livro que eu tenho da autora. Separei ele para ler nesse mês para o desafio de ler livros abandonados na estante e também porque ao procurar livros o título ficou ali me chamando atenção.

A história principal é a de Grania Ryan, mas o livro possuiu três narrativas ora conhecemos um pouco de uma, ora de outra. Segue assim até que elas encontram um ponto de interseção onde as coisas param de ficar confusas e começam a se tornam uma só.

A história é narrada por Aurora e,  sendo contada em terceira pessoa, o que me deixou super empolgada, gosto de narrações na terceira pessoa, pois é como se o personagem estivesse a conversar com a gente, contudo sei que há pessoas que não gostam desse tipo de narrativa.

A narrativa em terceira pessoa cria uma conexão íntima entre leitor e narrativa, além de ajudar muito na compreensão de certos acontecimentos especialmente porque o enredo alterna entre passado e presente, o que é uma marca da autora. Eu gosto de histórias que ficam passando de um tempo para outro é algo que pra mim sempre vai ser um ponto positivo, mas entendo que para alguns pode ser confuso, porém com a narrativa da autora e os recursos que ela usa para nos contar a história dá ritmo e clareza à leitura, tornando-a ainda mais envolvente.

Uma das coisas que acontece com os livros da autora é que de inicio eu acabo demorando para engatar na história, mas depois de um tempo a leitura vai fluindo e vou avançando mais rápido e gostando mais e mais da história e por fim acabo me prendendo muito a leitura.

“Todo ser humano tem uma experiência fascinante, com um grande elenco de personagens bons e maus. E quase sempre, em algum ponto ao longo do caminho, essa história é mágica. Deram-me o nome de uma princesa de um famoso conto de fadas. Talvez seja esse o motivo de eu sempre ter acreditado em magia. E à medida que fui ficando mais velha, compreendi que um conto de fadas é uma alegoria sobre a grande dança da vida de que todos participamos, desde o instante em que nascemos. E não existe escapatória até o dia em que morremos.”

É um romance de uma beleza singela e de uma delicadeza incontestável. A autora consegue transformar cada personagem em um reflexo das complexidades humanas: suas falhas, desejos, medos, dores e, principalmente, sua capacidade de superação. Tudo é retratado de maneira sensível e verdadeira, sem exageros, o que torna fácil se identificar com as emoções que transbordam das páginas.

Outro ponto que merece destaque é o protagonismo feminino. As mulheres deste livro são retratadas com profundidade e realismo, cada uma carregando uma história intensa e marcada por dramas muito humanos. São personagens que nos tocam de diferentes formas, despertando empatia, reflexão e, às vezes, até dor.

Entre todas elas, Aurora brilha com uma força especial. Longe de ser uma criança comum, ela carrega uma sensibilidade única, quase mágica, que a torna capaz de perceber o mundo de uma forma diferente. Sua presença traz um toque de encantamento à narrativa aquele tipo de magia que não vem do sobrenatural, mas da pureza de quem sente tudo com o coração.

Em resumo, é um livro que fala de amor, perda, recomeço e humanidade. Uma leitura que nos faz refletir sobre nossas próprias dores e afetos, e que, ao final, deixa uma sensação doce e melancólica de ter vivido algo genuíno e profundamente belo.

Se você já gosta da autora e ainda não leu "A Garota do Penhasco" leia, pois tenho certeza que vai amar, eu que não leio tanto ela amei esse livro pensei que já tinha encontrado um favorito dos que tinha dela, mas esse mudou minha opinião e se tornou o livro que mais gostei da autora.

“Todos lidamos com os nossos problemas de maneira diferente e ninguém está certo ou errado.”

Selo de Leitura:

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Crítica: Contos de fadas coreanos {Livro}

"A astúcia pode ser uma arma poderosa, mas a bondade é a chave para a verdadeira felicidade."

"O mundo espiritual é um espelho da nossa própria alma."

O Livro que vim trazer hoje aqui é "Contos de fadas coreanos... Duendes, fantasmas e outras criaturas mágicas" escrito por Im Bang publicado no ano de 2015, possui 528 páginas e foi publicado aqui pela Novo Século.

Nesta compilação criada por James S. Gale, um dos maiores estudiosos de literatura coreana clássica, trazemos alguns dos mais célebres contos de fadas coreanos para aqueles que desejam conhecer um pouco mais da literatura da antiga Coreia ou àqueles que desejam embarcar em uma viagem fantástica rumo a seres míticos e jornadas fabulosas.

Comprei "Contos de fadas japoneses" e "Contos de fadas coreanos" juntos, pois além de amar contos queria e sempre tive vontade de conhecer contos de outros lugares, pois até então víamos só contos dos Grimm e Celtas, e sempre quis ler de outras culturas, mas como não falo outra língua fiquei a espera de publicações brasileiras. Com o bum da cultura coreana as editoras estão trazendo mais coisas asiáticas para minha felicidade e enfim vou conseguir saber mais da cultura atras desses contos.

A única coisa que me de deixou triste nessa compra é que comprei ambos com as capas novas que estão muito mais bonitas que as antigas, e esse livro veio com a velha o que me chateou muito, poderia reclamar e pedir a capa que eu escolhi, mas ia demorar muito por causa das enchentes aqui no sul então fiquei com essa capa mesmo porque o que importa é o conteúdo, mas não posso dizer isso não me chateou.

O livro começa com prefacio, nota biográficas, nota de edição que introduzem os contos ao leitor de forma a explicar como foi feita a tradução como também ao final encontramos o sumario contos os contos. Contudo preciso ressaltar aqui que uma coisa que faltou nessa edição é um glossário no final, pois é interessante para quem não conhece saber o que significa certas palavras como: Gwishin, Dokkebi, Gumiho entre outros.

Enfim "Contos de fadas coreanos" possui 53 contos e todos eles são abertos por uma observação, uma nota introdutória a respeito do conto que vamos ler o que acaba por suprir algumas dúvidas a respeito de algo no texto que o leitor possa ter.

Não falarei de cada conto separado, pois são muitos, mas farei um resumo do que eu achei deles, qual foi o que eu mais gostei e já digo que gostei da narrativa e a forma como o conto foi apresentado na diagramação, além de ter gostado muito das notas introdutórias deixada pelo autor antes do conto.

"Os duendes são travessos, mas também podem ser protetores se tratados com respeito."

"Os fantasmas são almas que não encontraram paz, e cabe aos vivos ajudá-las a encontrar o descanso."

Têm contos que são bem curtos e outros um pouco maior, mas também encontramos contos com duas versões com mais, alguns poucos têm notas após o conto explicando sobre como a história foi encontrada ou o pouco que sabe-se dele, também têm alguns notas antes de iniciarmos conto falando de diferenças como exemplo sobre: Alguns temas que os contos abordam é a dualidade entre o bem e o mal, a importância da família e da comunidade que é um dos pontos que me fazem lembrar de muitas outras histórias de reality show e doramas onde vemos esses relacionamentos de família e de comunidade sendo abordados. Para além disso ainda temos a busca por conhecimento e iluminação, a relação entre os vivos e os mortos e a influência que a natureza têm na vida humana.

Em resumo pensei que encontraria mais um livro de contos com o cerne do fantástico onde eu ficaria sabendo mais a respeito da lenda da raposa, das criaturas lendárias e dos seres mitológicos, mas o que aconteceu é que os contos são relatos de histórias contadas no que me parece "boca a boca" ou registradas em livros, pergaminhos e que contavam a vida e costumes da época lá de vez em quando aparece algo sobrenatural, mas muito parece se dar a falta de conhecimento das coisas, onde para que não sabe nada a respeito acaba acreditando no fantástico, que aparece muito suavemente nos contos.

O que me irritou um pouco na leitura é que a muitas palavras do século XXI nos contos. Uma dessas é chamar Joseon de Seul sendo que capital da Coreia do Sul existe desde 1948 e os contos remetem ao passado. Essa parte história me irritou, pois já estava chateada de não encontrar o tipo de "contos de fadas" que queria que é a parte mais Folclore, Mitos, Fábulas, Lendas, Tradição e como já cometei aqui me parece muito mais registro do dia a dia de acontecimentos com pequenos momentos de "fantástico".

Se você gosta de contos, quer conhecer mais da cultura do pais por meio desses conto leia e mate sua curiosidade a respeito de "Contos de fadas coreanos".

"O amor verdadeiro é capaz de transcender as barreiras entre os mundos."

"A fé e a perseverança são armas poderosas contra o medo e a adversidade."

Selo de Leitura:

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Crítica: Kabuki {Quadrinho}

"Viver e ser o seu melhor "eu' é a resposta que dará para todos que te odeiam. Você ensinara o amor. Porque você é amor."

O mangá que vim trazer hoje aqui é "Kabuki: Primavera, Outono, Inverno, Verão" escrito por Guilherme Petreca e Tiago Minamisawa publicado no ano de 2025, possui 156 páginas e foi publicado aqui pela Pipoca & Nanquim.

A história de Kabuki se divide em quatro atos, representados pelas quatro estações. De um lado, a ânsia por se tornar aquilo que sempre foi, de outro, o medo imposto pelo peso da tradição e das incertezas, gerando a necessidade de se esconder atrás de tantas máscaras.

Para além da história o quadrinho trás uma galeria de extras com textos complementares de Jaqueline Ramirez e Jérôme Collet, que aprofundam os principais temas apresentados no quadrinho.

Têm alguns títulos que gostaria de ter da Pipoca & Nanquim, mas acho tão caro os mangás e quadrinhos da editora. Este mesmo na promoção eu achei caro, mas resolvi comprar, pois gostei do título e da capa e sim esses foram os motivos principais de ter comprado "Kabuki". Esse é o primeiro material que compro da editora e por um bom tempo vai continuar sendo somente ele.

Sobre o material do quadrinho ele é muito bom a capa têm uma textura muito gostosinha de tocar, a capa é dura, as folhas são pólen e o quadrinho é todo colorido. "Kabuki" É volume único, então se você procura algo rápido de ler essa e uma opção.


A história é dividida em quatro atos, estes representando cada uma das estação do ano Primavera, Outono, Inverno e Verão. A protagonista da história se chama "Kabuki" nome do título do quadrinho e aqui acompanhamos a jornada de uma pessoa trans que luta para ser o que não é para assim alcançar as expectativas impostas pela sociedade.

Para contar as fases da vida, como para a libertação do julgo dos outros os autores usam a arte tradicional do teatro japonês o "Kabuki" para usar como metáfora, já que esta arte usa várias mascaras para representar várias personalidades. O uso dessa arte deixa a história por um lado mais leve, mas que contém uma sensibilidade muito forte.

Por fim para além de trabalhar nessa história a coragem a vivência trans, você pode usar algumas reflexões para além, para todos aqueles que são rejeitados, excluídos da sociedade do que eles acham bom, certo.

Kabubi te faz pensar sobre você, sobre pertencimento, aceitação, mas principalmente para olhar para si e se aceitar como você é, como sempre foi.

"Odeio a forma como ando ridiculamente pelo espaço. Odeio me olhar e não reconhecer a imagem que vejo. Odeio que me olhem e me digam o que eu sou. Odeio ter nascido um grande erro. Eu sou o silêncio do universo".

CURIOSIDADES:
Depois da aclamada parceria em Shamisen: Canções do Mundo Flutuante, indicada ao Prêmio Jabuti e laureada no CCXP Awards, o quadrinista Guilherme Petreca (Ogiva) e o diretor e roteirista de animação Tiago Minamisawa voltam a explorar elementos folclóricos da cultura japonesa. Desta vez, os dois evocam as artes cênicas tradicionais japonesas marcadas pela dança, pelo canto, pelas máscaras e bonecos.

Embasada em uma pesquisa rigorosa e desenvolvida em paralelo com um curta-metragem homônimo dirigido por Minamisawa.

Selo de Leitura:

Importante!! Pessoal, caso encontrem links com defeitos, avisem por comentário ou pelo e-mail: angelicapinheiropereira@gmail.com, para que possamos arruma-los.