sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Crítica: Barba ensopada de sangue{Livro}

“Persuadir uma pessoa a não seguir o coração é obsceno, a persuasão é uma coisa obscena, a gente sabe do que precisa e ninguém pode nos aconselhar. O que eu vou fazer está decidido há muito tempo, antes de eu próprio ter a ideia”.

O Livro que vim trazer hoje aqui é "Barba ensopada de sangue" escrito pelo autor Daniel Galera publicado no ano de 2012, possui 424 páginas e foi publicado aqui pela Editora Companhia das Letras.

Aqui acompanhamos a história de um professor (cujo nome não conhecemos) de educação física busca refúgio em Garopaba, um pequeno balneário de Santa Catarina, após a morte do pai.  Sempre acompanhado por Beta, cadela do falecido pai. Portador de uma condição neurológica congênita ele acaba interagindo com os outros de modo peculiar, mas aos poucos, ele vai reunindo as peças que talvez lhe permitam entender melhor a própria história.

“O corpo é sua própria capsula do tempo e sua viagem é sempre um pouco pública, por mais que a tentemos esconder ou maquiar.”

Foi o primeiro livro do autor que eu li e eu fiquei com um misto de gostei e não gostei. A narrativa não é ruim, mas demorou para me conquistar em muitos momentos eu achei ela arrastada demais.

Um dos pontos que mais chamou minha atenção e  que eu pensei que seria mais divertido na leitura era a verdade por trás do desaparecimento do avô, mas acabei me decepcionando, pois senti que essa parte não foi tão desenvolvida.

Quando você se depara com a carta que o protagonista recebe com as seguintes palavras: “Vou me suicidar e quero que, logo depois da minha morte, você sacrifique a minha cadela, Beta.” Eu simplesmente pensei em desistir de ler, pois não gosto de livros com maldades com os animais, ver eles sofrer me faz mal demais. Contudo essa foi uma leitura que não podia abandonar, pois quando li ele foi por "obrigação" foi para um trabalho da faculdade, caso não fosse só por esse trecho eu já não continuaria a ler, independente de todo mundo falar que é um bom livro esse é um ponto que não rola pra mim.

Outro ponto que me deixo receosa e abada foi sobre a questão do suicido que me pareceu que o autor iria fazer com que nos leitores iriamos ter uma reflexão sobre suicídio, mas ainda bem que não foi nada disso. A questão que eu vejo aqui é a discussão sobre a morte e sobre a vida e como cada um leva esse tema de forma diferente.

P.s: Preciso ressaltar que mesmo não sendo uma reflexão sobre suicídio esse livro fala sobre, a temática é forte e para quem têm gatilhos não recomendo a leitura desse livro.

“O repertório de carícias de uma pessoa é uma coisa comovente de se pensar. Por que toca nas outras dessa ou daquela maneira. Vem de tantos lugares. O que imaginamos que deve ser bom, o que nos disseram que era bom, o que fizeram em nós e gostamos, o que é involuntário, o que é nosso jeito de agradar e pronto.”

Selo de Leitura:

 

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