segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Crítica: O menino dos fantoches de Varsóvia {Livro}

"Quero lhe contar o que aconteceu no gueto. Quero lhe contar antes de morrer. Quero contar a verdade, para você e para o meu próprio coração, para a sua mãe e talvez para o mundo."

“Em 1938 nós ainda podíamos caminhar livremente pela cidade, um lugar onde a cultura judaica florescia. Era uma bela cidade, nossa cidade. E tudo aquilo logo terminaria de maneira Brutal.”


O livro que trago aqui hoje é "O menino dos fantoches de Varsóvia" escrito pela autora Eva Weaver, sendo publicado aqui pela Editora Novo Conceito no ano de 2014, possuindo 398 páginas.

O livro é contado em primeira pessoa e começamos a história em Varsóvia no ano de 1938, onde encontramos Mika com 12 anos contando sobre o casaco que Nathan fez para seu avô. Seguimos a história conhecendo mais a respeito da importância deste casaco nas suas vidas. 

“Em 29 de setembro, após um mês de bombardeios que deixaram a cidade em ruínas chamuscadas e sem água para combater os incêndios, Varsóvia se rendeu.”

Agora com 14 anos, Mika, seu avô e sua mãe estão morando no gueto, contando o terror, violência e desespero do que estão vivendo, mas mesmo com tudo de ruim na sua volta Mika junto com sua prima Ellie encontram por meio dos fantoches que seu avô possui, uma forma de tentar ver um sol, uma luz para toda escuridão que estão vivendo.


No decorrer da leitura, não conseguia não pensar em "O menino do pijama listrado", este eu vi só em filme e não livro, mas não consegui não pensar e fazer comparações mentalmente a respeito da história, pois ambas mexeram com meu coração, e deixaram meus olhos marejados com a história ali contada.

A guerra deixa muitas marcas, principalmente uma guerra tão terrível quando a Segunda guerra foi. Nós conhecemos mais de outras histórias que são contada a respeito das atrocidades que foram feita, mas há muitas histórias como essas que não tinha conhecimento digo isso, pois assisti a séries, filmes e li livros, mas quando conheço mais lugares como aqui Varsóvia ou em "A Vida em tons de cinza" em Lituânia fico mais tocada ainda, pois a uma imensidão de histórias a serem contadas e que merecem serem contadas.

Se eu recomendo a leitura? Sim, sim e sim. Para quem gosta da temática, pra quem quer saber mais a respeito sobre a vida, as consequências da segunda guerra, sobre algo bárbaro que não se deve nunca mais acontecer, esse é mais um livro para você conhecer.

"Sempre penso no que o poeta Leopold Staff dizia: 'Mais do que pão, a poesia é necessária em épocas em que não há nenhuma necessidade de ouvi-la'. Sei que é difícil lembrar disso quando estamos com fome o tempo todo, mas não podemos nos esquecer do poder da música, e dos seus fantoches.
- Sim, mas não podemos comer música, nem os fantoches. Que utilidade eles têm no meio de tanta adversidade?
Ele olhou para mim com olhos penetrantes, mas colocou gentilmente sua mão quente sobre o meu ombro.
- Meu caro rapaz, se pessoas como você não existissem, os alemães já teriam vencido, já teriam nos destruído nos lugares que realmente importam. - Ele apontou para seu peito, seu coração."


Selo de Leitura:

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