Crítica: Sonhe mais {Livro}

“É preciso procurar bem lá no fundo, mas ela está lá, esperando para ser trazida à tona: uma força indescritível”

Sonhe mais, Reconstruindo a vida após a perda é publicado pela Editora Novo Conceito e de autoria de Jai Pausch que passou por um trauma: a perda do marido para um câncer de pâncreas. A enfermidade de Randy Pausch também destruiu as verdades e as certezas em que Jay acreditava. Pega de surpresa pela doença, que avançou rapidamente, Jay Pausch precisou inverter suas prioridades. Acostumada a cuidar da família, percebeu que aquele era, também, o momento de cuidar de si mesma, porque, do contrário — caso fraquejasse —, sua família não sobreviveria. E, apesar de todas as alterações pelas quais passou, foi capaz de registrar a maior parte de suas experiências, dúvidas e medos.

Um livro dificil de ler, pois pra mim depois que perdi meu pai ler/assistir sobre perdas mexe muito comigo, e me deixa muito sensível, por isso Sonhe Mais foi uma leitura que não foi fácil em nenhum momento.

Sonhe mais conta o processo que Jai Pausch passou ao cuidar de seu marido em fase terminal, além do fato de como ela conseguiria seguir em frente sem seu marido e ainda tendo três crianças que dependem dela pra tudo. 

Têm muitas cenas que cortam o coração e que me fizeram derramar muitas lágrimas, como comentei a leitura pra mim foi dolorosa, triste, pesada, mas também me ajudou a enxergar o quão forte nós ficamos quando perdemos quem amamos, o quão capazes somos de fazer coisas que pensávamos não sermos capazes de fazer sozinha.

Não gosto de livros de "auto ajuda", mas esse livro foi uma ótima leitura, mesmo não sendo dos meus favoritos, gostei de Sonhe mais!

Ao finalizar o livro descobri que Randy Pausch marido de Jai Pausch, havia escrito um livro antes de sua morte, este chamado de "A Lição final", acredito que a leitura ele vai complementar Sonhe Mais e assim também ficaremos a par da visão de Randy Pausch, já que aqui acompanhamos a visão de sua esposa.

“O câncer faz mais do que se apossar do corpo; ele tira o tempo, controla a agenda, toma conta do dia. O paciente e o cuidador estarão completamente nas mãos dele.”

“A vida é um dom precioso e não pretendo desperdiçá-la nem um só dia. Passei por uma tragédia? Sim, passei. Mas seria outra verdadeira tragédia se não me recuperasse da tristeza que senti e se não sentisse saudade dos muitos momentos felizes ao longo da jornada. Meu sonho foi destruído? Sim, foi. E isso acontecerá de novo. Mas, quando acontecer, recolherei os cacos e criarei algo novo. Sempre sonharei novos sonhos.”

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