quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Crítica: Uma Questão de Confiança {Livro}

Quando a confiança é quebrada!

"Para se manter ocupada, começou a reorganizar os livros em ordem alfabética, colocando Dikens no alto e Hardy embaixo. Ajudava. Acalmava. Tocar os livros, sentir o cheiro reconfortante de suas capas empoeiradas. Restaurar um pouco da ordem" 

Gosto da imagem, a capa não é das minhas favoritos, mas não deixa de ser bonita, e combinar com a história. Gosto de nuvens, e gostei de encontra elas por aqui, combinaram o co clima psicológico que a narrativa de Millar traz.

A diagramação interna está simples e bela. Isso porque na abertura dos capítulos, nos deparamos com uma folha (fosca, é isso?), indo do mais escuro ao cinza claro. Os capítulos são separados, contabilizando no total com cinquenta e oito, e além do efeito fosco no inicio de cada capitulo, há uma letras em tamanho maior no inicio de cada capitulo. Em alguns dos capítulos, há (escrito), os dias da semana. A fonte é times, tamanho doze, e as folhas são pólen.

Este foi um dos livros que peguei pra ler, pelo fato de estar ali paradinho a um bom tempo na minha estante e eu ainda não havia dado chance a ele. Foi um livro que também, não dava nada por ele. Iniciei a leitura sem esperar nada, como sem estar curiosa ou empolgada com a leitura, e acredito que por isso "Umaquestão de Confiança", tenha conseguido me surpreender bastante. O que não pensava que aconteceria, com a história de Miller, como aconteceu.

"Uma Questão de Confiança", é narrado por Callie (primeira pessoa), Debs e Suzy (terceira pessoa). O livro nos apresenta a história de três mulheres que vivem com os seus medos/fantasmas em busca de viver em paz, na tranquilidade. Callie, nossa personagem principal é mãe de Rae. Rae é uma menina linda, fofa. Ela sofre sérios problemas cardíacos, precisando de cuidado a todo tempo.
Suzy é a melhor e única amiga que Callie possui, ela não consegue se 'enturmar, e acaba sendo ignorada pelas mães das outras crianças na escola sem saber porque. Enquanto Suzy encontra-se num conflito. Ela é casada e tem três filhos, e vive um momento conturbado no seu casamento, pois esta suspeitando que esteja sendo traída pelo marido, e apesar disso tentam manter as aparências, fingindo que tudo esta bem.

A narrativa, de Miller, me agradou bastante. Conforme ia avançando a narrativa seguia um bom fluxo. A forma em que a autora cria a história, a construção dos personagens, a escolha do tema, e o desenvolvimento do todo, me agradou e me surpreendeu.

Miller, trabalha muito bem seu texto, e personagens. Como trabalha melhor ainda o drama psicológico de suas personagens. A autora consegue explorar muito bem a temática proposta, fazendo com que o leitor, não só se prende a história como a sinta em seu sangue.

Uma história que de inicio, não parece causar nenhum suspense, mas quando menos espera, vocês está numa angustia sufocante, num clima tenso, envolta de um suspense que você, ao ler o título, não pensaria ser cabível na história. 

“- Ah, não! – murmurou, e, agarrando o fone com as mãos tremendo, ela logo discou um número. – Allen! – disse com um tom de pânico. – O telefone ficou tocando e parando. Acho que são eles. "

"A doença de Rae nos deixou secos. Sou uma palha. Uma concha vazia. Não admira que outras mulheres me evitem. Percebem que vou sugá-las também. [...] As mulheres percebem que preciso de tudo e que não tenho nada a oferecer em troca de amizade. Todas elas, ou melhor, menos Suzy."

Selo de Leitura:

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