Desventuras de um Ex-Surfistas!
Coowabunga, escrito por Ana Paula Seixlack, foi publicado pela editora Benvirá agora em 2014. Seixlack nasceu em Cascavel (PR). Obcecada por cinema, música e literatura estrangeira das décadas de 1950 e 1960, inspira-se nesse universo para compor suas personagens em narrativas e roteiros de cinema.
Formou-se em Letras e aprofundou o domínio da língua inglesa quando morou na Califórnia. É autora de "Don’t back down from that wave" (2008) e "The next sunset" (2011). Também escreveu os contos de "A chuva, o parque, as flores e outras coisas" (2009).
Sobre o material gráfico e diagramação. Adorei essa capa, ela consegue passar bem o clima de praia que o livro tem, a palheta de cores, a escolha da fonte do título me agradaram. A diagramação é simples, sem detalhes a fonte é simples times tamanho 10 se não estou enganada. Os capitulos são separados, tendo eles títulos diferentes. O livro conta com 160 páginas.
Antes de iniciar minhas observações sobre o livro, quero deixar bem esclarecido aqui, que não é porque recebo 'free' o livro que eu não vá colocar minha opinião sincera a respeito do que eu achei do livro.
Então... Quando recebi o e-mail da irmã da autora a Maria oferecendo o livro, fiquei feliz por querer que o blog expresse sua opinião a respeito. Mas antes de aceitar o pedido fui ler a sinopse, pra ver se ele me atraia, o que ele conseguiu fazer. Não lembro de ter lido história de surfistas, e se li eu acabei esquecendo O_O, mas enfim o que quero falar é que eu babo por surfistas (risadinha maleficazinha). Ahhh e não posso esquecer de falar da cartinha fofa que a autora enviou com o marcador, só pelo carinho dela escrever algo e ainda confeccionar um marcador já te deixa com um gaz a mais pra ler sua história.
Então o que falar de Cowabunga? Curiosidade é que quando estava lendo Cowabunga o tempo combinou com a história do livros, como se eles se encaixassem pra me deixar com vontade de estar naquela praia.
De principio pensei que Cowabunga, seria um livro com uma temática mais adolescente, com problemas, duvidas e romances adolescente, mas para minha surpresa estava enganada, e o livro me surpreendeu com uma temática mais jovem/adulta. E que título e subtítulo divertido é esse,adorei o Cowabunga, que significa é o grito digamos de guerra dos surfistas, como também é o nome que o personagem Zimbo dá a sua prancha lomgboard. (Pág. 26) "Ele batizara sua prancha com o grito de guerra que os surfistas americanos dos anos sessenta costumavam bradar antes de uma manobra radical ou de levarem um caldo da onda."
A história é de Zimbo (Ricardo Avelar), um ex surfista, com seus problemas e traumas. Zimbo mesmo estando velho, não deixou de se cuidar e não aparenta a idade que têm, todos os dias ele vai a praia (Floripa) a procura da sua onda perfeita, que pelo visto vai demorar muito pra aparecer, um dos motivos de
Zimbo não surfar é por causa do problema do seu pé. Zimbo fica na praia sentado olhando e digamos criticando os novos surfistas como também jogando charme nas mulheres.
O nosso protagonista Zimbo, ficou em uma balança o tempo todo pra mim. O que quero falar com isso, é que as vezes eu tinha pena, gostava ou simplesmente ficava com raiva por causa de suas atitudes. Zimbo é uma pessoa amargura, não vive seu presente, fica remoendo o passado,não abandona a pose de 'eu não fui eu sou o melhor',não aceita o fato do tempo passar e com ele sua idade o que faz manter um relacionamento de Status/pose/fachada com um mulher bem mais jovem que ele, seu ego as vezes é tão grande que me deixar com vontade de ir lá e dar uns bons tapa dele. (Pág, 14) "Quando queria ele se comportava feito um autista, porém estava muito velho para desenvolver a síndrome e jovem demais para estar ficando gagá."
O livro alterna entre o presente e o passado de Zimbo. Quando estamos conhecendo seu presente, encontramos um Zimbo bundão (eu posso chamar de bundão, né?), enfim um Zimbo na decadência, amargura, enquanto o passado trás um jovem divertido, contando suas aventuras no surfe na década de 60, suas brigas e viagens, a música que permeia a história, o que trás uma nostalgia para história, e com isso consegue interligar direitinho ambos tempo, passado e presente. (Pág, 77) "Cowabunga era seu lápis, a parafina era seu apontador, e as ondas, sua resma de papéis. Poderia reescrever sua história quantas vezes desejasse. Até mesmo pular etapas e registrar direto no original. Sem ensaios ou rascunhos."
A autora optou pela visão/narração em terceira pessoa. E a narrativa da autora, o que falar a não ser muito fluida, gostosinha de ler, uma leitura que você pode ler rápido ou degustar aos poucos. E a autora, não cria uma história sem informações, o que se percebe é que a autor fez um bom trabalho no quesito 'surfe', a autora coloca termos/linguagem(gírias) do surfe. Bom eu não entendo nadica de nada de surfe, e a partir da história de Zimbo fiquei conhecendo um pouco mais deste mundo. Não posso deixar de ressaltar que os termos não atrapalham, eles devem estar ali, se não houvesse, seria como um texto sem conteúdo, sem o tema que o autor quer nos contar, mas mesmo não atrapalhando senti falta de notas de rodapé, ou quem saiba um glossário no final que matasse a curiosidade do que significam.
Não encontrei erros de português, a revisão da editora está de parabéns. este junta mente com outros motivos tais como, tema, narração, capa e claro meu gosto entre outros fatores permeiam minha avaliação final.
Gostei muito da leitura de Cowabunga, passei desde momentos divertidos a momentos contraditórios ao lado de Zimbo. Enfim Cowabunga foi uma boa leitura, quem quer algo diferente, ou aquele que curte mar, surfe, se aventure nas histórias de Zimbo!
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