Teorias conspiratórias, Copérnico, ciência, mistério e disputas religiosas...
"— O que você diria, Philip, se eu lhe dissesse que o Universo é infinito? ...
— Bem, é nisso que acredito ... – Copérnico só contou metade da verdade. A imagem que Aristóteles criou do cosmos, com as estrelas fixas e os seis planetas orbitando a Terra é pura mentira. Copérnico substituiu a Terra pelo Sol como centro do Universo, porém eu vou mais longe: digo que existem muitos sóis, muitos centros, tantos quantas são as estrelas no céu. O Universo é infinito e, sendo assim, por que não seria povoado por outras Terras, outros mundos e seres como nós? Decidi que o trabalho da minha vida será provar essa teoria."(Pag 16)
O ano é de 1583, e a Inglaterra sofre um caos, devida as conspirações contra a rainha Elisabeth, que é protestante. Há uma boa parte dos súditos descontentes. Eles desejam vê-la fora do trono, para que o país possa ter a religião católica de volta ao poder. Enquanto isso, o monge Giordano Bruno, foge de seu país natal – Itália – por ter sido acusado de heresia devido a suas ideias e crenças um tanto avançadas. E ao chegar em Londres, ele é convocado por um membro de espionagem da realeza, para se infiltrar em Oxford com o intuito em descobrir as pessoas que estão por trás dos planos para derrubar a rainha.
O objetivo de Bruno acaba sendo desviado quando ocorre um assassinato de um dos membros mais importantes de Oxford. A maioria não dá muita importância ao caso, alegando que foi um acidente, mas ao contrário, Bruno se preocupa e se dispõe em tentar descobrir os mistérios desse crime. Só que para piorar as coisas, outro homem é encontrado morto, e o monge acaba se vendo num labirinto sem volta, envolvido até o pescoço com esses acontecimentos, e a partir daí ele entra numa busca incansável atrás de pistas.
Esse foi o tipo de livro, que me encantou pela sua capa, ela é tão misteriosa quanto à história do livro. Desde que lançou fiquei com muita vontade de lê-lo. No começo do livro achei que a historia se basearia na busca de Giordano por um antigo e poderoso livro que mais parecia ser lenda, mas me deparei com uma trama bem mais elaborada e assustadora... O livro é minuciosamente detalhado. De longe, percebe-se o quanto à autora se dedicou para buscar fontes históricas e evidências do comportamento das pessoas daquela época.
Apesar de a história do livro ser ótima, algumas partes são meio cansativas e faz com que essas partes sejam lidas de modo mais devagar por não prender a atenção, mas não dá para se enganar por elas, pois logo em seguida vem alguma coisa que nos deixa pasmos.
A capa está linda de mais e tem tudo haver com a história do livro. A Diagramação está ótima, folhas amarelinhas as letras não são muito grandes mas não atrapalha a leitura.
Heresia, sem dúvida alguma, é mais do que recomendado, principalmente para os que gostam de um suspense histórico, com estilo policial investigativo; para os fãs de Agatha Crhistie...Mas se você prefere uma história mais rápida, com poucas descrições, talvez seja melhor ler outra coisa. Heresia é um livro para se ler aos poucos, sem pressa, a não ser nas ultimas páginas por que ai é impossível largar.
Selo de Leitura:
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