Crítica: Revela-me {Conto}

"Não acredito nem por um segundo que Adam teria desejado ficar no Setor 45 e arriscar a vida de James se soubesse que Anderson estaria lá. Adam pode ser um idiota às vezes, mas ele passou a vida inteira tentando proteger aquele filho de dez anos de seu pai. Ele preferiria morrer a colocar James perto de Anderson, especialmente depois de ouvir sobre os planos nebulosos dele para os dois. Adam não faria isso; ele não se arriscaria a esse ponto. Disso eu sei. Sei disso do fundo da minha alma."

O livro que trago aqui hoje é "Decifra-me", que contém o terceiro (Proteja-me) e quanto conto (Revela-me) escrito pela autora Tahereh Mafi, que faz parte da série "Estilhaça-me" publicado aqui pela Universo dos Livros no ano de 2021, possuindo 304 páginas.

Como fiz anteriormente vou falar apenas de um conto de cada vez e desta vez é a hora de falar de Revela-me segundo conto da coletânea Decifra-me.

Em Revela-me, Kenji está preocupado com seus amigos, mas se sente frustrado por não ser ouvido pelos demais membros da resistência. Ele será forçado a enfrentar pessoas em quem confia e fará o que for preciso para salvar aquelas que ama.

"Ela está banhada por essa meia luz. Brilhando. Mais linda do que nunca, o que é simplesmente aterrorizante, para ser honesto. Seus olhos são grandes e reluzentes, e ela está olhando para mim como se fosse só uma garota e eu, só um cara, e nós fôssemos só um casal de idiotas caminhando em direção ao sol. Como se não fôssemos, ambos, assassinos ou mais ou menos isso."

Gostei mais de revela-me do que de Proteja-me, apesar de ter a pinceladinha de alguns coisas que aconteceu lá na série, este conto trás uma visão mais amplas dos acontecimentos que vamos ver depois do final do livro Desafia-me e começo de Imagina-me.

A preocupação de Kenji por James é linda e não só por ele, por Adam que virou um chato de galocha, um personagem que não cheira nem fede, que não faz nada a não ter momentos de birrinha, ele parecia tão promissor, mas acabou sendo enterrado na história.

Kenji é tão protetor sempre se preocupando com os outros, até se preocupando demais na maioria da vez, contudo esse sentimento que ele têm não por um, mas sim por todos sejam próximos ou não é lindo e ao mesmo tempo de doer ver esse sentir tanto.

Esse conto encaixaria tão bem no final do livro Desafia-me, pelo menos pra mim a impressão que dá é que ele funcionaria tão bem, pois aquele final me deu uma broxada para continuar lendo a continuação, mesmo tendo gostado do livro.

P.s: Kenji chamando Juliette de Jella. Jello. Para mim foi muito engraçado.

"É como se as pessoas e os lugares que amo fossem as porcas e os parafusos que me mantêm de pé; sem eles, sou apenas ferro velho."

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